Hoje o banco me avisou que vai me mandar um cartão com chip. Legal. Hoje depositei 100 reais no envelope na minha conta corrente.
Ultrapassado. Dinheiro em cédula é coisa arcaica. Ademais, dinheiro não devia ser concreto. Devia ser abstrato, onipresente e seguro. Como o pensamento. Ninguém toca, ninguém rouba e ele sempre está lá.
Só se for um... chip? Essa não. Satélites me vigiando 24 horas é big brother eterno. Vai chorando que se a moda pega... E antes que isso aconteça ou algo parecido eu espero me juntar àquela tribo indígena lá no meio da Amazônia que nunca viu o homem branco.
E se você ainda está soluçando pare por um minuto descanse e se console porque existe algo pior do que ter um chip implantado na mão ou no braço ou na perna. É ter um chip implantado dentro do cérebro. Já viu aqueles mapas neurológicos de atividade cerebral? Então. Não é possível alguém saber exatamente o que você está pensando mas é possível ter uma idéia, pelas zonas cerebrais ativadas. É pior que big brother, é pior que Orkut, é pior que bina, é pior que cartão corporativo. Quer saber? É o fim.
Portanto ser assaltado é uma liberade que nós temos hoje em dia. Do ladrão, infelizmente. Pensar pensamentos só nossos sem interferência, também é uma liberdade. Essa de todos. A não ser que o seu olho brilhe, daí eles vão descobrir que você está apaixonado.
Em tempos de dinheiro abstrato assalto assumiria outra nomenclatura: sequestro seguido de anestesia total e corrupção de cirurgião para o transplante de chip após adulteração de dados com falsificador hacker.
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