- Tu é viciada?
- Não. Só curto assim de longe. Não acendo um.
- Mas eu acendo. Vou buscar um agorinha. Espera um minuto.
- Agora que deu. Ela vai fumar debaixo do meu nariz.
- Eu fumo maconha desde os 15 anos. Aprendi com o meu namorado.
- Quem? O paixonite aguda?
- Claro que não, né? Eu não tô casada com ele.
- Cof, cof. Cê me dá licença que eu preciso fazer uma ligação. Já volto.
Dez minutos depois, olhando no relógio:
- Cadê a Mariana que não volta nunca?
- Voltei.
- Até que enfim. Pensei que ia me largar na mão.
- Cê ainda tá fumando essa porcaria?
- Essa eu não entendi. Cê não disse que tinha vindo sentar pra cá porque...
- De longe entendeu? Só de longe.
- Tá eu apago. Podia ter falado antes.
- Vamos sair daqui. Você poluiu todo o nosso ar.
- Vamos pra onde?
- Pra onde a gente estava antes.
- Indecisa.
- Então me convida pra festa, viu? Não esquece.
- Que festa?
- Cê não vai casar com o paixonite aguda?
- Ele não me pediu em casamento.
- E dai?
- Cê tá achando que eu vô pedir a mão dele?
- E esse papo de meu macho? Ele é só teu mesmo?
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